O que estou fazendo mesmo?

Introdução
Há meses venho procrastinando atualizar esse canal. Eu sei que me comprometi em mantê-lo ativo, mas, até hoje, eu simplesmente não consigo manter constância em conteúdo.
Quando finalmente comecei a racionalizar esse assunto de verdade, algumas coisas vieram à mente:
- O que me faz querer fazer isso?
- O que me trava?
As respostas mais honestas foram:
- Preciso fazer isso porque estou no mercado de trabalho como freelancer e aparecer o tempo todo para sua possível audiência e toda a baboseira de marketing digital é real, você goste ou não.
- Não me sinto à vontade com minha imagem, nem minha voz... além disso, as pessoas se importam mesmo?
Apresentação
Eu me chamo Anna, sou designer há mais de 10 anos, minha missão é criar espaços digitais inspiradores e com personalidade na internet.
E acho que deveria falar sobre esses sentimentos, mesmo que ninguém se importe com eles.
O plano
Planejei e replanejei muito minha estratégia de comunicação ao longo desses anos de empreendedora e freelancer. Realmente acredito que o melhor assunto que posso abordar e que tem a ver com meu trabalho é Criatividade e Estratégia. Mas quero mesmo falar sobre isso?
Poderia estar divulgando meu trabalho de forma leve aqui. Mas ele não envolve muito arte, é um processo muito meu com a tela do computador, onde fico parada por horas. O que tem de interessante nisso?
Poderia usar a estratégia da melhor amiga como a Deya usa — amo o canal dela e realmente aprendo muito. Mas o que posso ensinar sobre ser freelancer? Eu amo minha rotina, detesto a parte de viver em uma montanha russa financeira em que há um bom tempo está tendo mais declínios do que subidas.
Impostora! Seria uma bela de uma impostora!
Finja até ser verdade
Eu já tenho uma certa imunidade para algumas estratégias de SEO, comecei a reconhecer qualquer promessa de ganhar mais dinheiro com a internet quando muitas dessas listas envolviam criar sites, ser webdesigner — meu trabalho, o qual tenho muito talento mesmo, mas sem networking, volto para o declínio na montanha russa. Então, não acredito que vou conseguir usar essas estratégias.
Eu não sei mentir para mim mesma, desenvolvi uma preguiça enorme disso. Esse é meu momento atual! Eu não sei abrir uma câmera e fingir que sei o que não sei. Aliás, me sinto desconfortável gravando minha rotina ou me sentindo culpada por não estar gravando minha rotina.
Além de designer e empresaria solo, o que já dá muito trabalho, preciso ser filmaker e editora de vídeo?!
Eu sou muito exigente com tudo o que entrego, isso não seria diferente com esse vídeo. Mas me comprometi a não passar um dia inteiro editando ele, vou tentar ser o mais simples e objetiva possível. No fim do vídeo é que saberei se consegui.
Mas, de fato, há muitos outros vídeos engavetados porque achei que seriam incríveis, mas no final, achei um cocô. Sou muito exigente... já disse isso?
Acho que gosto como escrevo, mas as pessoas ainda gostam de ler? Nem eu leio muito, gostaria, mas prefiro ouvir ou assistir algo.
Ok, e o que faço com tudo isso?
Se você me ouviu até aqui, agradeço pela paciência, se é que alguém vai mesmo ver esse vídeo até aqui...
Se sim, eis algo que aprendi:
Posso sim chorar e me lamentar pelas coisas, mas, quando botar tudo pra fora, também posso fazer algo sobre elas.
E esse é o ponto em que tento racionalizar todo esse incômodo.
- Sim, estou fora do peso e me ver na câmera traz toda a insegurança de uma vida formada nos anos 90/2000. Mas isso é apenas suas vozes de trauma, você vai mesmo deixar elas comandarem sua vida?
- Não gosto de ouvir minha voz, mas colocar uma voz de IA aqui iria realmente trazer à tona minha personalidade, aquela que tanto prezo ao falar de ambientes digitais e conexão pessoal com você que está comigo até aqui?
A resposta é nãaaao.
Então...
O que dá pra ser feito?
1. Pra quem?
Não sei exatamente como vou resolver isso, nem se vou conseguir, mas posso ter uma noção de por onde começar. Por quem quero que faça parte desse ambiente, por exemplo.
Como sou minha principal crítica, talvez eu também faça parte do nicho.
YouTube é minha rede principal de conteúdo. O que faço aqui?
- Me distrair
- Aprender alguma coisa
- Me informar
2. Porque
Ok! Então, procuro pessoas que buscam se distrair, aprender alguma coisa e — a parte do se informar já não sei se dou conta, porque atacar de jornalista já é demais pra mim, então paro em aprender alguma coisa.
Por que eu? Aí bate muito na minha autoestima que já não está lá essas coisas, mas... acho que tenho experiência em sobreviver 37 anos e fiz ótimos amigos sendo chata e introvertida, isso já me dá um crédito.
Boa parte desses anos eu me entendi como uma pessoa que gosta de criar coisas e vivo disso, não como sonhei que viveria, mas... pago as contas em dia, já é alguma coisa.
Também amo aprender coisas e consigo fazer isso sozinha praticamente. Aprendi a manobrar os pacotes da Adobe ainda adolescente, CSS lá pelos 20 anos, todas as ferramentas como Notion e Figma também aprendi sozinha e desde então crio interfaces legais e até programo pra web de forma decente. Aprendi inglês também, mas depois me aprofundo nisso... uma coisa de cada vez.
Então, no fundo acho que não sou tão desinteressante assim.
Como
Ainda há vozes na minha cabeça que me levam a procrastinar. Como vou fazer para entreter, ensinar algo e lidar com elas?
Travei aqui... dane-se, é 2025, estou sozinha escrevendo esse roteiro, posso pedir ajuda ao ChatGPT.
Gravacao_de_Tela_2025-06-12_as_12.26.19.mov
Ok, até que a resposta foi boa, vamos ver o que dá pra tirar dela:
Estratégia emocional, formato prático e linha editorial gentil
Sim... eu posso jurar que sou super amiga da Camila Fremder, do Danilo (Lorelay Fox) e do Max Peterson mesmo que eles nunca saibam que eu existo. Isso porque eles se permitem ser quem são. Beleza, caí em um clichê aqui. Vou mudar um pouco... eles permitem deixar à mostra recortes e imperfeições que me fazem ter uma conexão com eles por identificação. Acho que posso fazer isso também... estou fazendo agora, na verdade.
Fazer do conteúdo uma forma de diário terapêutico com propósito: mostrar como é ser uma profissional sensível, inteligente e crítica num mundo que grita por performance e constância. Isso é conteúdo.
Talvez funcione pra mim. Não é possível que eu seja a última chata que, no fundo, é gente boa, do mundo. As pessoas só não me conhecem, nem o meu trabalho.
O que
Legal, então o formato será… vozes da minha mente, onde eu interpreto eu mesmo. Talvez consiga fazer isso. Agora falta lidar com a voz que fala que ninguém se importa com o que você fala.
— Bixa! Como posso ser chama comigo mesma . . .
OK! Esse canal vai falar de:
- Como é ser empreendedora solo → a coisa do diário terapêutico
- Como faço meus projetos → acho que da pra mostrar processos de projetos meus
- Agora como entretenimento …. talvez precise pensar mais sobre isso, uma playlist talvez …
Bom por enquanto tenho mais promessas, agora é partir pra ação! Começando por esse vídeo… que espero não ter ficado confuso. Se ficou .. bem esse é mais um recomeço, e eles costumam ser confusos mesmo.
Fim
Essa foi minha narração do roteiro, embora não ache que ela foi mesmo fiel ao tom de voz que se passa na minha cabeça. Afinal, eu não tenho curso de interpretação ou de eloquência... eu só fiz o que pude.
É isso... Consegui!
Eu acho, porque estou escrevendo esse roteiro, ainda vou editar o vídeo e vencer minhas críticas. Mas se você está vendo ele! Eu consegui mesmo!!!! 🥳
E poxa vida! Obrigada por ouvir até aqui. Valeu mesmo!
Se cuida por aí.
E até a próxima!
Créditos
Imagens, como essa que estou gravando nesse exato momento — o meu, não o seu, porque isso provavelmente já está no ar — mas que dá uma ideias de como construi esse roteiro e usei IA pra ajustar com uma coisinha ou outra.
Sério! Eu que escrevi! E o Chat GPT entrou em:
Gravacao_de_Tela_2025-06-12_as_12.59.25.mov